Falo diretamente a todos os benfiquistas, em Portugal e espalhados pelo mundo. Estamos novamente perante um momento fundamental para o futuro do nosso clube: exercer o direito de voto.
Em 2021, o Benfica viveu uma eleição histórica, com mais de 40 mil sócios a participarem. Foi um recorde, é verdade. Mas esse número, por impressionante que pareça, representa menos de 20% do universo total de sócios do nosso clube. Isto diz-nos muito: há ainda demasiados benfiquistas desligados, afastados e desmotivados. E é a esses que quero falar. É tempo de os trazer de volta.
Quero que cada sócio sinta que o seu voto conta — e conta mesmo. Que cada benfiquista, esteja em Lisboa, em Paris, em Genebra, em Newark, em Toronto, entre muitas outras cidades fora de Portugal, ou nas nossas ilhas, participe ativamente na construção do Benfica que queremos. O voto internacional e nas ilhas é uma peça essencial da nossa identidade global e não podemos continuar a tratar os nossos associados fora de Portugal continental como sócios de segunda.
Por isso, apelo às comunidades benfiquistas de todo o mundo onde haverá mesa de voto: França, Suíça, Luxemburgo, Alemanha, Bélgica, Espanha, Países Baixos, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, Brasil, Angola, Moçambique ou Cabo Verde, e claro, Açores e Madeira — façam-se ouvir! O Benfica é vosso também.
Não posso deixar de lamentar e criticar profundamente a decisão de alguns candidatos de limitar o voto em várias regiões onde sempre se votou, como Macau ou África do Sul, países com forte implementação lusa. Impedir benfiquistas de exercer o seu direito, depois de décadas de participação ativa, é um erro grave e um sinal de afastamento da realidade do clube. O Benfica é universal, e universais devem ser os seus direitos.
Quero um Benfica onde todos contem. Onde todos possam votar. Onde todos sejam respeitados.
Esta eleição é uma oportunidade para reaproximar o clube dos seus sócios — todos os sócios — e recolocar o Benfica nas mãos de quem verdadeiramente o sente.
Martim Mayer